No
livro "Obras Póstumas", de Allan Kardec, editado
pela federação espírita, há uma série de comunicações espirituais
que não haviam sido publicadas em outros livros e/ou revistas.
Dentre elas houve uma em especial no dia 22 de Dezembro de
1861, na casa de Kardec numa comunicação particular. Ele inquire
à espiritualidade quanto ao seu sucessor e obtém a seguinte
informação:
"Tens razão em dizer que não és indispensável... Até
que o trabalho de elaboração esteja terminado é, pois, necessário
que sejas o único em evidência...
Se aquele que deve te substituir fosse designado antes, a
obra, não acabada, poderia ser entravada; formar-se-iam, contra
ele, oposições suscitadas pelo ciúme; discutir-se-ia antes
que tivesse dado suas provas; os inimigos da Doutrina procurariam
barrar-lhe o caminho, e disso resultariam cismas e divisões.
Ele se revelará, pois, quando o momento chegar.
Sua tarefa será tornada mais fácil, porque, como o dizes,
o caminho estará todo traçado; se dele se desviasse, ele mesmo
se perderia, como já se perderam aqueles que quiseram se colocar
de permeio; mas será mais penosa num outro sentido, porque
haverá lutas mais duras a sustentar. A ti incumbe a responsabilidade
da concepção, a ele a da execução; por isso, esse deverá ser
um homem de energia e de ação. Admire aqui a sabedoria de
Deus na escolha de seus mandatários : tens as qualidades que
são necessárias para o trabalho que deves realizar, mas não
tens as que serão necessárias ao teu sucessor; a ti é preciso
a calma, a tranqüilidade do escritor que amadurece as idéias
no silêncio da meditação; a ele, será preciso a força do capitão
que comanda um navio segundo as regras traçadas pela ciência.
Desincumbido do trabalho da criação da obra, sob o peso do
qual teu corpo sucumbirá, estará mais livre para aplicar todas
as suas faculdades no desenvolvimento e na consolidação do
edifício."
Eis aí novamente a Litáurica, com a fotografia da aura, com
a regressão a vida passadas, atendendo as regras traçadas
pela ciência, como foi previsto. Mas e os que se dizem espíritas,
porque não se agregam a esta nova ordem? Triste é, porque
mais uma vez mostra nitidamente a constituição do ser humano
em sua esquisita tendência de se considerar muito valioso,
custe o que custar. Exemplos não acho necessários pois cada
um já deve conhecê-los, são indivíduos que falam de sua elevada
condução, querendo mostrar em primeiro lugar e principalmente
quanto trabalho se dão os de lá de cima por causa deles. Estão
afastados da Litáurica pois praticam a veneração de si próprios.
Os seus guias são os tagarelas do além que os afastam das
atividades sérias, bem como do pensar sério, pois é uma peculiaridade
deles. Estes, perdem tempo e levarão grande susto quando resvalarem
para baixo, por serem totalmente imprestáveis para os nossos
tempos.
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